“Ata das
festividades em honra do Divino Espírito Santo, realizadas na Igreja do Senhor
Bom Jesus de Matosinhos, de 27 de maio a 5 de Junho de 1949.
Conforme
programa previamente aprovado pelo Revmo. Vigário da Paróquia de São João
Bosco, realizaram-se na Igreja do senhor Bom Jesus de Matosinhos, as
festividades em honra ao Divino Espírito Santo, festividades estas que há longo
tempo, por motivos diversos, não se
realizavam.
A meza
administrativa nomeada pelo Revmo. Vigário, foi a seguinte:
Provedor –
Exmo. Snr. Emidio de Morais [1].
Provedora
– Exma. Snra. D a . Juvencina Silva.
Vice-Provedor
– Exmo Snr. Eduardo Diláscio.
Vice-Provedora
– Exma. Snra. Da. Nalzira de Freitas Gonçalvez.
Presidente –
Dr. Paulo de Rezende Campos.
1º e 2º
Secretários – José de Souza Rios e Severiano da Cunha Tomaz.
1º e 2º
Tezoureiros – Celestino José Carlos Filho e Adolfo Ferreira da Silva.
Procuradores –
João Climaco do Sacramento, Pedro Calixto do Nascimento, Pedro Bassi, Silviano
Giarola, Carlos Miguel Briguenti, José da Cruz Mendonça, Geraldo Mendes
Guimarães e Custódio M. de Souza.
Andadores –
Alfredo Eugenio de Almeida, Antonio Zeferino da Silva e José Juarez de Souza
Campos.
Leiloeiro –
Irineu Alves do Nascimento.
Festeiros
auxiliares – Arlindo Possato, Carlos Amaro de Paiva, Alfredo Ovidio da Silveira
e Alberto Pinheiro de Almeida.
Paraninfos
– Exmo. Snr. José Ambrósio de Andrade e Enéas de Oliveira Morais.
Festejos
internos = Nos dias 27, 28, 30 e 31
de Maio. Missa ás 6 horas, rezada. Ás 18,30 horas, terço, ladainha de N.
Senhora, leitura e canticos.
Dia 29 de Maio
– Domingo – As 7 horas missa rezada, com canticos. As 18,30 horas, Terço,
ladainha de N.Senhora, leitura e canticos.
De 1º a 4 de
Junho – Ás 6 horas missa rezada. Ás 18,30 horas, Terço, Novena do Divino
Espirito Santo, Prática e Benção do SS. Sacramento.
Dia 3 de
Junho, 1ª Sexta feira do mês – foi realizada a Hora Santa
Eucaristica, encerrando-se com a Benção do SS. Sacramento.
Dia 5 de Junho
– Domingo – Ás 4,30 horas alvorada.
Ás 7 horas –
missa rezada, com canticos, por intensão dos paraninfos, provedores e de todas
as pessôas que concorreram para o brilhantismo dos festejos.
Ás 10 horas –
Missa solene cantada com sermão pelo Revmo.Vigário Pe. Duarte Costa.
Ás 16,30 horas
– Procissão do Divino Espírito Santo que percorreu as ruas do bairro,
encerrando-se as festividades internas com sermão pelo Revmo. Vigário e Benção
do SS. Sacramento.
Apezar do mau
tempo reinante na ocasião, a procissão realizou-se na mais perfeita ordem e
piedade por parte de todos os fiéis.
O côro
paroquial D. Bosco prestou eficazmente o seu apoio para melhor brilhantismo dos
festejos internos e merece o nosso sincero agradecimento.
Festejos
externos – Diariamente, após as
solenidades internas, houve na praça Chagas Dória, bem iluminada, animados
leilões, barraquinhas e outras diversões populares, tudo em beneficio da festa.
Do movimento
financeiro que consta discriminadamente no livro “Caixa”organizado pelo Snr. 1º
Tezoureiro, podemos salientar o seguinte: Esmolas dos paraninfos, provedores,
juizes etc. Cr$4.096,30, Listas e esmolas diversas Cr$1.262,10. Renda dos
leilões, barraquinhas de series, café e etc. Cr$9.248,40.Total Cr$14.606,80.
As despesas
montaram em Cr$7.348,30 e mais Cr$2.208,50, que ofertamos ao Revmo. Vigário
como donativos para as obras da Matriz Santuário de S. João Bosco, somando um
total de Cr$9.606,80, havendo portanto, um saldo liquido, de Cr$5.000,00, para
a Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, importancia esta entregue ao Revmo.
Vigario para depósito no Banco.
Nos dias 4 e 5
de Junho, os festejos externos foram animados pela Banda de Musica Santa
Cecilia.
Nada mais me
oferecendo digno de nota, lavrei a presente ata, que assino.
Matosinhos, 15
de junho de 1949, José de Souza Pires, 1º Secretário”
![]() |
Página do livro de atas da Festa do Divino de 1949. Acervo da Comissão do Divino. Gentileza: Antônio da Silva Serpa. |
* Texto e foto: Ulisses Passarelli
[1] - Nome completo do provedor: Emygdio Apollinário
dos Passos Moraes, popularmente conhecido por “Emídio do Bengo”, por ser
morador da Colônia do Bengo, São João del-Rei. Dominava magistralmente a
fitoterapia. Com preces e ervas, curou muita gente nas cercanias e seu nome é
ainda hoje respeitadíssimo. Corre nos meios populares muitas narrativas a seu respeito.
Ver: CENTENÁRIO da Capela de Santo Antônio do Bengo. São João del-Rei: [s.n.],
2005. 36 p.il.
Nenhum comentário:
Postar um comentário